Mortes em assaltos a bancos chegam a 38 até setembro

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A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) revela que 38 pessoas foram assassinadas
em assaltos envolvendo bancos até setembro de 2011 em todo País, uma média de 4,2
mortes por mês. O levantamento foi realizado em parceria com a Confederação Nacional
dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com apoio do Dieese.

O número já ultrapassa os casos verificados nos primeiros nove meses de 2010, quando ocorreram 18 mortes, um crescimento de 111,11%. O mais preocupante é que essas ocorrências já superaram o total de mortes de todo o ano passado, quando foram apurados
23 óbitos.

A principal ocorrência foi o crime de “saidinha de banco”, que provocou 24 mortes. Já a
maioria das vítimas foram clientes (27), seguido de vigilantes (6) e policiais (3). O presidente João Passos ressalta que o crescimento das ocorrências reflete “a falta de investimentos dos bancos na proteção da vida de trabalhadores e clientes”.

Lucros – Segundo dados do Dieese, no primeiro semestre deste ano, os cinco maiores bancos que operam no país apresentaram lucros de R$ 25,33 bilhões. Já as despesas com segurança
e vigilância somaram R$ 1,29 bilhão, o que representa somente 5,09%, em média, na comparação com os lucros.