SINDFORTE RECHAÇA PROPOSTA LEVADA PELOS PATRÕES

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Sexta, dia 5, aconteceu a segunda rodada de negociações entre o SindForte e a entidade patronal (na avenida Angélica, SP).

Reunião faz parte da Campanha Salarial 2025 dos trabalhadores em transporte de valores no Estado de São Paulo. Data-base é 1º de agosto.

Participaram da negociação nosso presidente João Passos, o advogado César Granieri, mais os Diretores e Comissão: Cláudio, Cortes, Raimundo, Ezequiel e Hélio. O presidente patronal, Marcos Guilherme Dias da Cunha, participou virtualmente, por transmissão em vídeo.

Na ocasião, foi entregue nossa negativa ao Jurídico dos patrões. Para o presidente João Passos a contraproposta patronal é “provocativa”.

Não só pelo reajuste proposto, abaixo do INPC acumulado em 12 meses, que ficou em 5,13%.

Rechaçamos também o banco de horas e mudanças, pra pior, no horário de almoço. João disse durante os debates: “Achei a pauta meio provocativa. Assim, fica difícil a gente falar em negociação rápida, tendo em vista uma proposta como a que foi apresentada”.

Nosso presidente saiu insatisfeito do encontro e acredita numa negociação difícil. O patronal alega dificuldades financeiras e culpa as transações via Pix, alegando que esse sistema tem gerado o fechamento de diversas agências bancárias, devido à queda na circulação de dinheiro em espécie.

“A proposta que os patrões nos enviaram, falando em banco de horas, alteração em escala de trabalho, que não tem na Convenção, eu achei provocação. Porque a escala atual é boa pra todos, não só pros trabalhadores, mas às empresas também. Então, basta manter o que já está aí”, alega João Passos.

O advogado do SindForte, dr. César, também questiona a escala de serviço, especialmente o modelo praticado por algumas empresas quanto ao horário de almoço. Ele conta: “A pauta que nos foi entregue pelo patronal tratava praticamente de jornada. E tinha até um ponto sobre almoço – eles querem que o trabalhador almoce dentro do carro-forte. Não podemos permitir, porque aceitar o trabalhador alimentar-se dentro do carro-forte seria o fim da linha”.

A próxima rodada de negociações ainda será marcada, e pode ocorrer já na semana que que vem.